quinta-feira, dezembro 18, 2008

NOMENCLATURA, PLANOS DE POSICIONAMENTO E DELIMITAÇÃO DO CORPO HUMANO

A necessidade da expansão do conhecimento, da pesquisa e da interação entre diferentes anatomistas de todo o mundo estimulou a criação da Nômina Anatômica, uma normatização que regulamentou na década de 60 os termos oficiais utilizados em anatomia. Trata-se de uma linguagem técnica e oficial que deve ser utilizada no estudo da anatomia, no preenchimento de receituários, papeletas e prontuários médicos.
Até antes da década de 60, não havia uma padronização dos nomes. A partir de então, escolheu-se o latim como língua oficial, termos com apenas um nome e ainda caminha-se para a extinção de epônimos ( não seria bom explicar o termo?); assim criou-se a nomenclatura que usamos até hoje e que é padrão no mundo todo.
Antes disso, existiam cerca de 50.000 nomes para designar cerca de 5.000 estruturas. Esta nomenclatura permitiu um avanço enorme na interação científica. Os critérios utilizados para elaborar esta nomenclatura foram:
- Termos grifados em latim;
- Os nomes deveriam ter algum significado ou sentido;
- As estruturas deveriam ter somente um nome;
- Os epônimos foram abolidos.
Os corpos humanos ainda são as melhores formas para o estudo da anatomia, porém sua obtenção é difícil e controvertida.
O uso do formol ainda é bastante comum na dissecação e conservaçao dos corpos em virtude de seu baixo custo, porém o grau de toxidade é bastante elevado e obriga a utilização de máscaras e luvas. Existem técnicas como a plastinação que utiliza um polímero de silicone, que conserva a coloração e a textura da carne muito próxima da natural sem o desconforto do cheiro e da toxidade do formol, porém seu custo é elevadíssimo. No Japão, China e Rússia encontramos os principais centros de anatomia que utilizam estas técnicas. Existe uma tendência nos países desenvolvidos pela substituição das peças naturais por peças sintéticas, que cada vez mais aproximam-se das naturais, oferecendo uma didática melhor muitas vezes. É importante que o estudante de anatomia utilize uma boa bibliografia para facilitar o processo de aprendizado e fixação dos nomes.
Além desta nomenclatura, o estudo da anatomia precisa de um referencial que permita identificar e posicionar as estruturas. Para tanto foi criada a “posição anatômica”.


POSIÇÃO ANATÔMICA:

um conceito imaginário no qual o indivíduo está em posição ortostática (“de pé”); com os membros superiores e inferiores estendidos, as palmas da mão voltada à frente, os pés aduzidos (juntos) e o olhar no horizonte. Tal convenção foi criada pelos anatomistas para servir de referência e permitir uma padronização na identificação e no posicionamento das estruturas anatômicas.

Somente esta convenção (posição anatômica), não é suficiente para posicionar e localizar as estruturas do corpo humano. Precisamos de mais referenciais. Por isso, também foram criados os chamados planos de posição e delimitação do corpo humano, que funcionam como linhas imaginárias de referencia:

1º) Plano-mediano:

Linha imaginária que divide o corpo humano em lado direito e esquerdo.
* em relação a este plano utiliza-se os termos lateral e medial, em referência a localização da estrutura em relação ao plano.
* Qualquer plano paralelo ao mediano é chamado de sagital, e qualquer paralelo ao horizontal é chamado de transverso.

Exemplos:

- O olho é medial à orelha e é lateral ao nariz.
- A clavícula tem uma extremidade medial e uma lateral.
- Existe ainda o termo intermédio que significa estar entre duas outras estruturas. O 3º dedo é intermédio assim como o coração (que está entre dois pulmões).

2º) Plano-horizontal:

Linha imaginária que divide o corpo humano em parte superior e inferior.
* em relação a este plano utiliza-se os termos superior e inferior (ou cranial e caudal).

Exemplo: a cabeça do fêmur fica voltada para a parte superior e medial.

3º) Plano-coronal ou frontal:

Linha imaginária que divide o corpo humano em parte anterior e posterior.

* em relação a este plano utiliza -se os termos anterior e posterior (ou ventral e dorsal).


* Há termos freqüentes como: Proximal e Distal, utilizados em relação a raiz do membro (cintura escapular ou pélvica).


- A raiz do membro superior é o ombro e do membro inferior é o quadril.

Proximal e Distal è termos utilizados em relação à raiz do membro.

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